terça-feira, 28 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
- Guião -
Nota: A iluminação será natural e artificial;
Nota1: O local da acção será ao longo da cidade de Vila Real, nos vários locais de trabalho dos 4 intervenientes, Barbearia das Boxes, Ferreiro da Rua Direita, Alfaiataria Gomes, no Mantas e, por fim, Sapateiro situado no Bairro São Vicente Paulo.
Cena 1
A acção inicia com um plano captado através de sombras, com movimentos da tesoura na mão.
Cena 2
A acção decorre na Alfaiataria. Esta cena é dividida em vários planos dos quais fazem parte planos fixos das várias tesouras utilizadas pelo Alfaiate, planos da tesoura a cortar tecido e linhas. Um plano da máquina de costura a coser aquilo que o Alfaiate cortou.
Cena 3
Separador que dá o mote para a próxima cena, já num local diferente. Movimentos com tesoura na mão.
Cena 4
A acção decorre no Ferreiro. São mostrados vários planos da tesoura usada pelo Ferreiro. Tesoura na mão, a cortar lata, a solda, a máquina de soldar, bem como o Ferreiro a soldar a lata que a tesoura cortou.
Cena 5
Separador que dá o mote para a próxima cena, já num local diferente. Movimentos com tesoura na mão.
Cena 6
A acção decorre no Sapateiro. Contém vários planos da tesoura na mesa de trabalho, pendurada, na mão do Sapateiro, a cortar sola e borracha. Mostra-se o sapateiro a colocar cola numas botas. É efectuado um plano do produto final, sapatos
Cena 7
Separador que dá o mote para a próxima cena, já num local diferente. Movimentos com a tesoura na mão.
Cena 8
A acção decorre na Barbearia. Vários planos de tesouras no balcão, na mão do Barbeiro, a cortar cabelo. Cabelo a cair no chão.
- Sinopse -
Quatro profissões e quatro indivíduos, que há partida não têm mais nada em comum a não ser o facto de exercerem os seus ofícios na mesma cidade. No entanto, há mais alguma coisa que lhes é comum, algo que passaria despercebido a qualquer pessoa, um utensílio, cuja utilidade e contributo é reconhecido pelos mesmos. A relação que estas pessoas detêm com este objecto considerado banal pela maioria, mas fulcral nestes ofícios. Tesoura.
- Histórias -
Barbeiro (Barbearia das Boxes)
Carlos Alberto Cabral Monteiro, 50 anos, natural de Vila Real.
Há 50/60 anos atrás eram os pais que tomavam conta do negócio, mas desde cedo Carlos Monteiro começou a aprender a arte da Barbearia. Em 1974 decidiu ir trabalhar para as obras e aí permaneceu durante 6 anos. De seguida esteve na tropa 2 anos e após esse período decidiu "pegar" no negócio dos pais. Desde 1982 é dono do espaço, e há 9 anos que está sozinho no local, depois da morte do pai.
Casado, com dois filhos de 20 e 23 anos, que nunca demonstraram interesse em seguir a profissão do pai.
Actualmente sem empregados, ainda chegou a ter dois rapazes a trabalhar na Barbearia, mas rapidamente desistiram.
Trabalha de Segunda a Sábado, das 9h às 13h, e das 14h30 às 19h. Confessa que noutros tempos era comum receber os mesmos clientes 3 vezes por semana para fazer a barba. Hoje em dia, aparecem 1 vez por semana. Tempos de crise e também devido ao aparecimento de máquinas próprias para barba e cabelo.
Principais utensílios: tesoura, navalhas, pentes, pincel e taça, secador e máquinas de barbear.
Ferreiro (Rua Direita)
Júlio Alves Ferreira, 65 anos, natural de Vila Real.
Numa casa com 140 anos, Júlio Ferreira toma conta do negócio há 25 anos, embora desde os 9 anos que ali trabalha, na altura com o patrão.
Casado, com duas filhas, que naturalmente nunca se interessaram por este trabalho considerado de homens.
Já teve vários empregados, mas nenhum quis continuar esta arte. O máximo que lá permaneceram foi 3 anos. "Não é uma coisa fácil de fazer...", diz o Sr. Júlio.
Trabalha apenas em lata, e os principais objectos que produz vão desde regadores, funis, candeias, lampiões, entre outros.
Vive só deste trabalho e confessa que ainda tem muitos clientes. Trabalha de Segunda a Sábado, das 5h às 19h, e refere que os Domingos, muitas vezes, não são para descansar.
Principais utensílios: Martelo, tesoura, compasso, bigorna, alicates e estanho.
Alfaiate (Alfaiataria Gomes, Mantas)
José Manuel Araújo Guedes, 52 anos, natural da Régua.
José Guedes desde cedo que aprendeu a trabalhar na Alfaiataria com o pai, há 40 anos que trabalha neste ramo, embora só tenha a oficina, como lhe chama, desde 1991.
Trabalha com a esposa, Ana da Conceição Gomes da Silva Guedes, que faz serviço de costureira. Arranja e faz vestuário, trabalhando com todos os tipos de tecido, embora o terylene seja o mais utilizado.
Actualmente, trabalha mais com arranjos, pois diz ser impossível competir com a confecção.
Faz trabalhos para a Transmontuna, Vibratuna e para a Academia da Utad, no geral.
Casado, com uma filha já formada em Ed. Básica, José Guedes diz que os seus clientes costumam levar revistas e fotos com ideias para as suas confecções.
Sem nunca ter tido empregados, este é mais um espaço que ficará aberto até o Sr. Guedes conseguir trabalhar, não tendo portanto, nenhum seguidor para continuar com o negócio.
Principais utensílios: linhas, tecidos, máquina de costura, agulhas, prensas, dedal, etc.
Tecidos em que trabalha: terylene, poliester, algodão, nylon e cetim.
Sapateiro (Bairro São Vicente Paulo)
Guilhermino Costa Alves, 73 anos, natural de Vila Real.
Guilhermino Costa, de 73 anos, há mais de 60 que lida com sapatos. Durante 30 e poucos anos como empregado em dois locais distintos, e há cerca de 20 anos que tem o seu próprio espaço. Reformado da Sapataria, confessa que hoje em dia é difícil sobreviver com o negócio. O pouco que trabalha é, maioritariamente, para as pessoas do bairro onde trabalha e habita.
Casado, com 3 filhos e 1 filha, um deles emigrante, também nenhum deles quis seguir a profissão do pai.
É com bastante desagrado que o Sr. Guilhermino refere que "já não há quem se interesse por isto..." e que "devia haver escolas próprias para ensinar esta arte...".
Trabalha das 8h às 17h, de Terça-feira a Domingo, enquanto o Mercado Oriental não lhe retirar de vez o pouco que ainda faz, refere. A Segunda-feira desde sempre foi dia de descanso.
Principais utensílios: solas, borracha, facas, tintas, alicates, pregos, martelos, formas, pomadas, cola, "mocotó" (forma mais utilizada), forma de ferro (mais antiga).
Sapateiro (Bairro São Vicente Paulo)
Guilhermino Costa Alves, 73 anos, natural de Vila Real.
Guilhermino Costa, de 73 anos, há mais de 60 que lida com sapatos. Durante 30 e poucos anos como empregado em dois locais distintos, e há cerca de 20 anos que tem o seu próprio espaço. Reformado da Sapataria, confessa que hoje em dia é difícil sobreviver com o negócio. O pouco que trabalha é, maioritariamente, para as pessoas do bairro onde trabalha e habita.
Casado, com 3 filhos e 1 filha, um deles emigrante, também nenhum deles quis seguir a profissão do pai.
É com bastante desagrado que o Sr. Guilhermino refere que "já não há quem se interesse por isto..." e que "devia haver escolas próprias para ensinar esta arte...".
Trabalha das 8h às 17h, de Terça-feira a Domingo, enquanto o Mercado Oriental não lhe retirar de vez o pouco que ainda faz, refere. A Segunda-feira desde sempre foi dia de descanso.
Principais utensílios: solas, borracha, facas, tintas, alicates, pregos, martelos, formas, pomadas, cola, "mocotó" (forma mais utilizada), forma de ferro (mais antiga).
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
- Fotografias -
Aqui ficam algumas fotos, nomeadamente dos intervenientes a trabalhar, dos utensílios utilizados no desempenhar de cada função, tendo como tema principal a tesoura, e dos produtos.
Fotos do Alfaiate
Fotos do Barbeiro
Fotos do Ferreiro
Fotos do Sapateiro
Fotografias por: Joana Garcia, Margarida Pinto, Rita Ferreira e Élsio Afonso.
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